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UM PRESENTE E TANTO…

Desde o boom do silicone no Brasil, em meados dos anos 90, a mulher brasileira vem se preocupando mais em exibir seios bonitos e fartos – já que o bumbum, que era preferência nacional -, hoje disputa espaço com os seios, também preferência de muitos marmanjos.

Bom, mas seja lá qual for o motivo de implantar a prótese de silicone, ele não é mais símbolo de preconceito ou vulgaridade, o que era tabu antigamente. Pesquisa recente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelou que no ano de 2009, foram realizadas no País aproximadamente 645.464 cirurgias plásticas, sendo que 19% foram de mulheres que aderiram ao implante mamário. Não há um número exato de mulheres no Brasil que possuem prótese de silicone, mas estima-se que no mundo cerca de dez milhões fazem uso.

"Atualmente, sabe-se que a inclusão da prótese de silicone não aumenta o risco de câncer nem tampouco promove o desenvolvimento de doenças autoimunes como se pensava antigamente. Com a evolução das técnicas de exames de imagem para o rastreamento do câncer de mama, a presença da prótese não influencia no diagnóstico precoce de doenças mamárias, inclusive o câncer", diz o cirurgião plástico Fabrício Ribeiro, da Clínica Perfetta (SP). Fora esses mitos a respeito do silicone, a qualidade das próteses aumentaram muito, consequentemente, a durabilidade também. "O que indica o momento para a troca da prótese é o endurecimento progressivo da cápsula que se forma ao redor da mesma.

Esta cápsula tende a deformar a prótese e, em alguns casos, pode causar dor. O tempo médio para a troca é de 15 a 20 anos", fala o especialista. Para o cirurgião plástico Helio Caprio (RJ), a brasileira perdeu o medo de aumentar os seios por conta da boa qualidade atual das próteses. "Acredito que a evolução dos implantes, com a introdução do silicone de alta coesividade e dos revestimentos texturizados, vêm aumentando imensamente a segurança e a naturalidade dos resultados das mamoplastias de aumento, foi o que levou, de fato, as brasileiras aderirem às próteses", comenta.

Já o cirurgião plástico Luiz Eduardo Ematne (RJ), acredita que um dos principais fatores para o aumento da adesão ao silicone, foi a facilidade de pagamento das cirurgias. "A prótese mamária tornou-se, a partir de 2009, a cirurgia plástica estética mais procurada pelas brasileiras. Isso se deve a vários fatores, dentre eles, a baixa autoestima associada à diminuição dos custos desta cirurgia. Há 20 anos, apenas a classe A tinha acesso à cirurgia plástica, hoje, no entanto, vemos pacientes das classes A, B e C", complementa.De acordo com o especialista, existem basicamente três vias de acesso para a inclusão do implante mamário, são elas: via axilar, sulco submamário e periareolar. "A via umbilical é pouquíssimo usado no Brasil, já que utilizamos próteses de gel de silicone e não de solução salina, tornando-se inviável a inclusão do implante por essa via", conta. O número de cirurgias de aumento de mama tem crescido no Brasil. De acordo com pesquisas do IBOPE, no ano passado esse foi o procedimento cirúrgico mais solicitado pelas mulheres, com mais de 156 mil intervenções. As últimas estatísticas mostram que, entre as mulheres, 21% das cirurgias plásticas são feitas para o implante de prótese de silicone, enquanto 20% se trata de lipoaspiração. E muitas vezes a mulher acaba sendo submetida aos dois procedimentos de uma só vez.

Leia mais na revista Plástica & Beleza nº119..